14 de maio de 2019
Wagner
13 de dezembro de 2011
Natal.
Sou do tempo dos reis magos que andavam pelo presépio até chegar no seu dia junto da adorada figura.
Sou do tempo de toda a inocência do mundo, da ilimitada e eterna inocência que nos ocupava os sonhos das noites e dos dias de Inverno.
Sou do tempo do calor da madeira a arder na lareira.
Sou do tempo do menino Jesus e do sapatinho com prendas à sua medida.
Sou do tempo da alegria celebrada com a rabanada e o bilharaco numa mão e na outra a prenda do menino Jesus.
20 de setembro de 2011
Será que serei?
Por isso, ainda que moribundo e provavelmente já com pace-maker e ligado à máquina, deixo-o ir resistindo...
7 de setembro de 2011
11 de julho de 2011
29 de dezembro de 2010
Natal em Mira.
Aquela casa é, para mim, um paradoxo: foi ali que passei os últimos dias da minha juventude, ainda solteiro; foi ali que passei alguns dos momentos mais críticos da minha vida académica e o turbilhão que varreu a minha existência, naquele tempo...
Mas foi ali que eu acompanhei o meu Pai, ainda saudável e cheio de vida, no dia a dia das suas tarefas profissionais e lúdicas.
Foi também ali que vi definhar a minha Avozinha, naquela doçura que era só dela e que nunca perdeu.
E finalmente foi ali que eu vivi os momentos de solidão da minha Mãe, pouco a pouco mais velhinha, mais doente, mais tristonha.
Tentei, com a força que tinha cá dentro e com o amor que ainda hoje sinto, dar alguma alegria, algum sentido à sua vida.
De certa forma, estou certo que consegui.
E hoje, aquela casa transporta e exala todas essas recordações, todos esses momentos, todos esses fantasmas, toda essa agrura, traduzida nas visões dos nossos a desaparecerem.
Não é por isso que deixo de lá ir!
Em cada Natal, em cada momento, estarei sempre que a Família queira.
Para dar cor àquele espaço e calor àquelas paredes...
26 de dezembro de 2010
Boas Festas!
Tenho desta Festa uma noção adquirida desde criança: uma época de harmonia, de comunhão, de alegria, de partilha.
E nem a actual febre consumista destruiu em mim essa noção.
Acredite-se ou não na divindade de Jesus, ninguém nega que Ele trouxe ao mundo ideias que mudaram o mundo; e só por isso, valeria a pena respeitar.
Eu acredito em mais que isso.
E porque é o Seu nascimento que se comemora, não posso deixar de me sentir unido a todos os que o fazem também.
E quando se tem uma família, quando as pessoas de quem se gosta estão juntas, a vida tem outra cor.
Quisera eu manter essa cor...
7 de junho de 2010
Blogs e Facebook...
E tendo em conta que eu me tornei um apreciador, quase um viciado no Facebbok, a resposta só poderá ser positiva. Pelo menos em relação a mim.
E é uma pena. Porque os Blogs que acompanho (ou direi antes, acompanhei?) sempre me deram lições de vida, de solidariedade, de beleza, de alegria e de cumplicidade.
Pode ser apenas uma doença passageira. Mas o élan com que partimos já não é o mesmo da viagem.
Contudo, não me despeço! Antes direi que vou tentar voltar aqui, ao mundo dos Blogs, para continuar a aprender e a saber de todos.
Aliás, encontrei aqui amigos que não esqueço e que admiro e admirarei sempre.
Um abraço e um beijo, devidamente distribuídos...
5 de abril de 2010
Justiça e Política.
Sem pretender beliscar, minimamente, a liberdade de expressão, aqui está um exemplo de imprensa livre!
4 de janeiro de 2010
Benjamin Zander: Classical music with shining eyes
Se tiver gosto por música clássica e 20 minutos livres, veja este vídeo. Vale a pena!
(agora, legendado: escolha "Subtitles", Português do Brasil).
29 de dezembro de 2009
Duetto di due gatti...
Cantada pelo Coro Les Petits Chanteurs a la Croix de Bois, em Seul.
20 de dezembro de 2009
12 de dezembro de 2009
O Romeu.
Tinha, na altura, um ou dois meses de idade.
Foi acolhido, alimentado a biberão, tratado, desparasitado, lavado.
Foi crescendo e dando alegria a quem com ele convivia.
Sempre muito independente, não era adepto de festinhas, mas não negava o alimento, o calor e o carinho que nos permitia conceder-lhe.
Um dia, atropelado, teve de ser operado e perdeu a cauda (o que o tornou ainda mais distinto...).
Numa outra altura, desapareceu durante um mês: esteve preso em algum edifício, nesse período.
Regressou, pele e osso, mas avidamente à procura dos donos, que rapidamente o alimentaram, trataram e fizeram regressar ao normal.
Durante 14 anos, viveu connosco.
De modo único, acompanhava-nos ao café, ficava à porta à nossa espera, só regressava connosco.
Era o dono da rua, conhecido de todos, por todos acarinhado.
Entretanto... a idade trouxe mais mazelas e, há cerca de 3 meses, adoeceu gravemente.
Todos estes restantes dias foram de angústia e tristeza: o Romeu deixou de comer, emagreceu, deixou de se lavar e de fazer aquilo que mais gostava: andar na rua.
Dia a dia, o seu estado piorava e a sua qualidade de vida já não existia...
Tivemos de tomar uma atitude drástica, muito dolorosa, mas necessária.
Aconteceu na quinta-feira passada...
Hoje, já não há Romeu.
Hoje, a alma está um pouco mais negra.
Porque aquele gato fazia parte da família, vivia no seio de nós, era um membro querido, um companheiro.
E agora, restam as memórias daquele pequeno corpo tigrado, cheio de vida, atrevido, independente, aventureiro, corajoso, brincalhão, à sua maneira carinhoso.
E fica uma enorme, uma imensa saudade...
16 de novembro de 2009
Trabalho e preguiça.
Mas, convenhamos, não é grande mal...
Tenho para mim que é mais importante estar presente, mesmo calado, do que não estar.
Porque existir no ciber-espaço é hoje quase uma obrigação, senão mesmo uma prova de vida.
Já lá vai o tempo em que só os mais afoitos, os mais lestos, os mais informados tinham acesso a estas delícias tecnológicas e "iam à internet".
Sem falsas modéstias, aderi à vida virtual e à internet em 1995, ainda a world wide web dava os primeiros passos.
Passados todos estes anos, não vejo forma de me libertar dela. Tornou-se, mais que um vício, um instrumento de trabalho, de lazer e até um bom aperitivo para aqueles momentos de preguiça que nos assaltam, sem avisar.
Será por preguiça também, ou por excesso de trabalho que pouco escrevo.
E hoje deu-me para este paradoxo: escrever sobre a preguiça, num exercício de preguiça...
21 de outubro de 2009
Saramago e a Bíblia.
Mas a liberdade religiosa, ou de crença, está-lhe equiparada.
Nesta vertente, há coisas que não se discutem, como a fé.
Quem acredita, não tem de explicar porque assim é: acredita e pronto!
Tudo isto para dizer que a posição de Saramago, por muito livre que seja, incorre num vício de base: ninguém lhe pediu para ser o guia supremo das crenças.
E depois, há uma outra questão que nunca pode ser esquecida: a boa educação, o respeito pelos outros, a civilidade que importa sempre manter.
Se o escritor não gosta da Bíblia, se não a lê, se não acredita nela, faça-nos ao menos o favor de não insultar quem pensa de modo diferente.
Sob pena de cairmos em novos totalitarismos... que Saramago, aliás, conhece bem...
10 de outubro de 2009
Crónica de uma sobrevivente...
Tem 9 meses de idade.
Foi encontrada pela minha filha Inês, no Algarve, com um olho inflamado e pneumonia.
Tinha sido abandonada pela mãe, de uma prole de 5 filhotes...
Ronronando, conquistou os corações.
Veio para Aveiro.
Foi tratada, acompanhada, acarinhada.
Curou-se da pneumonia.
Infelizmente, o olho estava condenado, teve de ser extraído...
Continuou a crescer, a correr, a brincar, a ronronar.
Saía pela janela, invadia inocentemente os quintais vizinhos.
Metia-se com os outros gatos, saltava, roubava comida...
Um nefasto dia, apareceu em casa a sangrar da barriga.
Levada de urgência à clínica, descobriu-se que alguém sem alma a havia atingido com uma bala de espingarda de pressão de ar...
Foi operada de urgência.
Tinha uma secção no intestino, perdeu um rim...
Parecendo entender, a Margarida deu-lhe sangue, sem miar.
Quase à morte, reagiu, batalhou, venceu!
Após cuidados imensos, voltou a correr, a saltar, a brincar.
Não é bonita.
Mas a forma como lutou, a garra que demonstrou, fez da Carlota uma gatinha especial.
Hoje, vive feliz, sem se dar conta que sofre de limitações graves.
Por isso mesmo, conquistou os nossos corações.
Esta é a Carlota, a gatinha da Inês.
Uma sobrevivente.
12 de setembro de 2009
Descobri hoje...
Não conhecia este vídeo da Lara Fabien.
E francamente é bonito ver o sentimento que a Lara manifesta em cada palavra e a enorme cumplicidade do público (mais abaixo, a mesma música sem público...).
7 de setembro de 2009
E o melhor fica para o fim...
Na viagem entre Lisboa e Gibraltar, já noite cerrada e ao largo de Sines, o Pacific Dream parou.
Tratava-se de uma situação de perigo: quatro pescadores portugueses num bote, naufragados, pediam ajuda ao navio.
E naturalmente o navio procedeu ao seu resgate, salvando-os das ondas agrestes.
Foi um momento intenso, mas que nos deixou de bem com o mundo.
31 de agosto de 2009
O cruzeiro...
Zarpámos ao cair da tarde, com o Tejo como leito e Lisboa como moldura.
No dia seguinte, aportámos a Gibraltar.
Saímos para ver, noutro barco mais pequeno, os golfinhos e a baía.
À noite, o barco saíu para Casablanca.
Foi fundada pelos Portugueses, tem 5 milhões de habitantes e muita sujidade nas ruas, pese embora o romantismo do filme (que não foi ali rodado...).
Ao fim da tarde, saíu o navio para Agadir, outra criação lusitana nas costas africanas.
Lá, visitou-se a Fortaleza e a praia, mais os souks.
À noite, zarpou o barco para Lanzarote, a ilha canária mais a norte.
Uma paisagem lunar, numa ilha vulcânica de uma beleza estranha...
Ao fim do dia, saímos para o Funchal.
Foi uma noite de ondas alterosas (nem todos aguentaram os balanços...).
A chegada à Madeira é sempre um espectáculo feérico.
Com a chegada da noite, o barco partiu para Lisboa, numa viagem de 36 horas.
A chegada a Lisboa foi, de novo, um misto de beleza e nostalgia.
A vida a bordo é sempre agitada: espectáculos, piscina, música, bebidas, comida, sauna, mais música...
Valeu a pena, com certeza!
28 de agosto de 2009
26 de agosto de 2009
24 de agosto de 2009
O regresso do marinheiro...
10 de julho de 2009
9 de julho de 2009
18 de junho de 2009
Comentário aos comentários...
Uma vez ou outra, atrevo-me a ler os referidos comentários.
E o que noto, com grande tristeza, é que a maioria deles nem sequer se refere à notícia em si; antes representam autênticas destilarias de mau gosto, de raiva, de ódio, quando não formas agressivas de insultar, nomeadamente os outros comentadores.
Por mera curiosidade, fui ler os comentários deixados em jornais on-line eurpeus.
E como é diferente o civismo no resto da Europa!
Pergunto-me - como já alguém fez - se esta constatação não será uma manifestação do nosso atraso e do uso incorrecto de algo de que nos devíamos orgulhar: a liberdade de expressão.
Pergunto-me se estes comentários serão um indicador do estado do país.
Suspeito que sim.
E a minha tristeza amplia-se...
8 de abril de 2009
Conversa intersecular.
E depois, quando tento ligar à internet, não consigo obter um IP.
Também poderá ser o browser, ou uma configuração errada do modem, ou do router, sei lá!
Tenho de levar o computador a uma loja de informática; o que vale é que tenho backup de tudo, não vá ter de formatar o disco...
Ouvindo estas lamúrias, diz o fidalgo, chegado dos confins da Idade Média:
-Ah, perro infiel! Toma lá esta espadeirada, que ta dou eu, D. Paio Godinho!
(Imagem tirada daqui).
4 de abril de 2009
21 de fevereiro de 2009
Um momento...
Trazia nos olhos o peso dos seus 80 anos; olhos macios, duros; olhos cinzentos, luminosos; olhos tristes.
Os segredos guardados naquela alma...
Procurou o seu lugar; estava ocupado.
Com a timidez de quem gosta de viver em paz, balbuciou entre dentes:
"O meu lugar está ocupado..."
Encolheu os ombros, resignada.
Procurou outro lugar.
Sentou-se.
A mala, grande e vermelha, tinha ficado no outro extremo da carruagem.
Levantei-me, perguntei-lhe se a queria trazer para mais perto.
Os olhos dela, primeiro suspeitosos, depois brilhantes, abriram-se.
Agradeceu-me, disse que sim.
Transportei a mala, pesada e escarlate.
Ela levantou-se.
Segurou nas minhas mãos com as duas mãos carinhosas.
Sorriu, serena.
Disse-me suavemente, com uma lágrima a bailar no canto:
"Muito obrigado. Foi um prazer conhecê-lo".
Sorri, com a alma limpa.
Respondi:
"Não me agradeça, por favor. Tem os olhos da minha mãe!".
21 de dezembro de 2008
A vida também tem coisas boas...
Fez ela, na passada terça-feira, a defesa da tese de Mestrado em Microbiologia, na Católica do Porto.
E para meu gáudio, teve a excelente classificação de 19 valores!
Como sempre, porque sou um sentimentalão e um pai babado, não pude evitar mais "una furtiva lacrima", de alegria, de felicidade e de plenitude.
O que se segue?
Não sei, mas suspeito que o doutoramento; isto é, está ela a preparar-se para ser uma perpétua estudante... :-)
Depois de tudo isto, apetece-me perguntar: onde foi ela herdar aqueles neurónios todos?
13 de dezembro de 2008
Uma incursão pela sensualidade.
ERÓTICA
Longe de ti sinto a mente
que imita o teu corpo
Longe de ti o trovão não soa
e esconde o teu grito
longe de ti os meus olhos abrem-se
e não vêem a luz do teu rosto
Porquê a dor, amor?
Porquê a lança em riste
sem vítima?
Porquê o correr da seiva
sem o teu leito de cetim?
Porque sonho com os corpos
e só vejo o vazio?
Contigo... anseio-te
e sinto o teu cheiro
bebo o teu perfume
recordo o teu calor
beijo as tuas entranhas
bebo a tua saliva
ouço o teu sorriso
Quando te percorro
naufrago nas tuas ondas
quando te firo
queimo-me na tua carne
quando te inundo
afogo-me no teu suor
Louco, imito as brasas
e queimo com elas
os meus últimos medos
Devagar, beijo o teu corpo
que se afasta do meu
que foge
que grita
que volta
que sofre.
E num profundo espasmo
junto a lança ao fundo da tua carne
e deixo correr o rio
sufocado em gritos de dor
e de prazer
E volto a ansiar por ti
e volto a querer o teu sacrifício
e volto
e volto
e venho...
sempre!
No fim
tudo estará perfeito:
a tua boca na minha boca
a tua carne na minha carne
o meu suor na tua pele
os meus olhos na tua luz
as minhas mãos nos teus seios
a minha semente nos teus segredos.
E num suspiro imenso
finalmente sorrio!
22 de outubro de 2008
Afsluitdijk.
Por isso, os holandeses dizem, com fundado orgulho: "Deus fez o mundo, o holandês fez a Holanda".
26 de setembro de 2008
Falar claro e falar bem...
É muito mais correcto dizer:
"Substância inorgânica incolor, inodora e insípida, composta por dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio de estrutura não-rígida, ao chocar reiteradamente contra substância calcária de fortes ligações interatómicas no estado sólido, logra, após certo tempo, conseguir com sucesso atravessar a complexa geometria molecular do segundo corpo em questão".
Nada como facilitar as coisas, não acha?
16 de setembro de 2008
Os canais de Amsterdão.
Notam-se as casas, com o mesmo tipo de construção, o cuidado na conservação da natureza, a beleza da água, os barcos e as pontes...
Difícil, difícil, é conduzir naquelas ruas que aqui mostro, entre os automóveis estacionados e os edifícios...
E não só pela sua estreiteza, mas sobretudo pelas bicicletas (que não respeitam sinais de prioridade, nem de sentido proibido!).
Confesso que, ao fim de alguns tempos a conduzir por ali, me senti esgotado!
Valeu-me o GPS...
13 de setembro de 2008
Segunda primeira impressão...
Já conheço um bom bocado do continente e acabei de chegar da Holanda, com um pequeno salto até à Bélgica (países que já havia visitado há alguns anos).
Dois países ricos, desenvolvidos, civilizados, sem dúvida.
Mas... nenhum deles tem uma ASAE, como nós! Ou se tem, não parece...
Acredito que qualquer um dos restaurantes que frequentei, sobretudo na Holanda, seria rapidamente fechado pelos nossos cuidadosos polícias da higiene... e com toda a razão:
Toalhas nas mesas? Nem pensar!
Luvas a servir os clientes? Não senhor, devem fazer comichão...
Cozinhas à vista? Não, que os segredos culinários são para guardar.
Claro que não falo nos preços... que esses são absolutamente escandalosos!
E finalmente, o sabor...
Os pratos holandeses são absolutamente intragáveis.
A cerveja - que vem servida em metade de um copo, sendo a outra metade apenas espuma - sabe a água com sabão amarelo.
Restam os restaurantes italianos, que existem em quantidades incríveis, onde se pode comer relativamente bem e com menos esforço financeiro (ainda que sem toalhas, nem luvas...).
E para terminar, o café: digamos que de café só tem o nome e, por vezes, a cor...
Como dizia o outro: "e o atrasado sou eu?".
4 de setembro de 2008
A preguiça acabou!
Com efeito, andei uns dias sem escrever nada.
Mais por preguiça, que por desmotivação.
Também porque estive de férias e resolvi dar férias ao Blog.
Mas cá estou outra vez.
Para vos contar a viagem de que regressei ontem: da Holanda, que já conhecia, mas que redescobri.
Prometo contar uns episódios pitorescos.
Até lá, um especial obrigado a todos os que, teimosamente, aqui regressam.
Com beijos e abraços devidamente distribuídos.
20 de julho de 2008
Gaudeamus!
Dos cerca de dez milhões de portugueses, haverá eventualmente um número não determinado de menores de 10 anos; mas esses não contam, para a razão que me traz aqui.
Dos restantes - vários milhões - só conhecia um, apenas um, que não tinha telemóvel: o meu irmão!
Obviamente, o meu irmão tem muito mais de 10 anos (quase 5 vezes mais...),
Mas nunca, até há 3 dias, se havia convertido ao uso desse aparelho (que há 10 anos não nos fazia falta nenhuma, mas que se tornou hoje num membro essencial da família...).
Pois agora, com a chegada do iPhone (passe a publicidade), lá ficou seduzido pelo "equipamento" (como se diz por aí) e vai daí, comprou um.
E melhor: sabe utilizar o dito!
Deste modo, gostaria que me acompanhassem neste momento único, com a adesão de mais um cidadão às maravilhas da tecnologia...
Ou seja: a tradição já não é o que era!
15 de julho de 2008
Quase em férias!
Só não coloco aqui aquele velho aviso da TV (O programa segue dentro de momentos), porque seria demasiado óbvio...
Mas as férias aproximam-se (o sol brilha) e com elas, acredito que poderei escrever qualquer coisa que me dê prazer (e que alguns indulgentes leitores teimosamente continuam a ler, numa manifestação de amizade que eu não esperaria).
Para finalizar por ora, faço votos de boas férias a todos aqueles que me visitam, me acolhem, me honram com a sua paciência e me brindam com os seus comentários.
28 de junho de 2008
No momento certo!
Penso que vale a pena ler com atenção o que escreve o seu autor e tirar as devidas conclusões (que, aliás, já muitos temiam...).
Até por razões pessoais e de dignidade profissional, só posso concordar com este texto.
Aceito críticas de quem as sabe fazer, tenho consciência das falhas do sistema, sinto mesmo necessidade de diagnosticar os males e de encontrar soluções.
Mas se nem tudo está tão bem como devia, também não está tão mal como se apregoa...
O editorialista descobriu, finalmente, o que se passa na realidade...
As verdades têm de ser ditas e o momento é propício para as ir desvendando.
E já agora, também o que ele escreve sobre o Zimbabue tem toda a razão de ser e merece aplauso.
20 de junho de 2008
Equilíbrio?
Chamemos-lhe Natureza, ou Deus, ou Acaso, ou Sorte, ou outro qualquer nome, o certo é que os equilíbrios existem, aparecem e surgem-nos na vida como formas de a tornar mais suave.
Numa certa hora, algo de mau ocorre e provoca aqueles momentos de infelicidade por que todos passamos. Mas quase de imediato, um novo facto vem trazer alegria ou paz de espírito, quando não mesmo felicidade plena.
Também o inverso é verdadeiro: a um momento bom, segue-se uma situação má.
Mas, se bem pensarmos, é esse equilíbrio - que afinal todos almejamos e procuramos - que dá valor ao dia a dia e que nos faz acreditar que vale a pena viver.
Aprendi, com o tempo, a deixar passar o tempo, dando tempo ao tempo para que o tempo me traga outros tempos.
5 de junho de 2008
31 de maio de 2008
A febre reformadora.
Isto é: nada do que existe está bem e tudo precisa de ser permanentemente reformado, como se vivêssemos numa casa velha a precisar sempre de obras estruturais - porque as conjunturais não servem...
E essa imagem repetida e batida, curiosamente, colhe votos!
Tantos, que nenhum político se atreve a esquecer de dizer a frase mágica.
Uma reforma, seja do que for, exige naturalmente que se conclua que algo precisa de ser mudado substancialmente.
Mas o que temos visto é exactamente o contrário: a dita febre leva a que se reforme tudo, mesmo o que está bem (ou pelo menos, menos mal...) e com grandes custos.
E depois, temos os resultados que se sabem: na próxima legislatura, lá virão outros políticos - ou os mesmos, tanto faz - que se propõem reformar a anterior reforma, que por sua vez era o resultado de uma reforma anterior... and so on!
Penso que seria muito mais correcto fazer correcções do que está mal, sem ser necessário mudar as coisas (ou dizer que se vão mudar).
Ou então, importaria mudar tudo, mas de raiz...
E afinal - usando aqui uma frase feliz de um amigo - a única reforma que o Estado deveria fazer... seria a minha!
17 de maio de 2008
Bouillon de culture...
E o que não conseguíamos apreender com o nosso esforço, era-nos metido à força, via "cana da índia", nos nossos incipientes e formandos cérebros.
Assim, para nós, o Francês nunca foi uma língua "abichanada", a não ser quando as pancadas da cana eram de... "criar bicho"...
No entanto, sou levado a crer que há uma certa razão na acusação: trata-se de uma língua demasiado delicodoce...
Imaginemos só, num liceu francês, aquela célebre frase "Dá-me o telemóvel já!"
Seria qualquer coisa assim:
"Donne moi le portable, tout de suite!" (pronunciar "dòne muá le portable, tu de siuite").
Alguma vez tal frase teria a força ou a repercussão que cá teve?
Não!... e tudo por causa da língua...
11 de maio de 2008
28 de abril de 2008
Uma imagem vale mais que mil palavras!
Aqui em Portugal, também os professores estão a lutar por melhores condições de trabalho; a par, aliás, de várias outras profissões, como médicos, magistrados, funcionários públicos em geral e tantos mais...
E todas estas profissões têm mais que razões para o descontentamento, sobretudo pela forma como os seus profissionais têm sido menorizados pelo poder.
Mas - ao contrário da Velha Albion - alguém viu ou verá nas nossas ruas uma manifestação abrangente, como aquela que a fotografia atesta?
Alguém está para se incomodar e se juntar aos legítimos anseios de uma certa classe, como aqui a dos professores?
Não, obviamente que não!
E não, porque em Portugal as pessoas têm, em geral, inveja dos outros, aquela inveja perniciosa: "...se tu tens e eu não tenho, eu quero é que tu deixes de ter, não que eu tenha também...".
São esta ignomínia, este fado, este estigma que nos marcam há longos anos!
Como é diferente o exercício da cidadania em Portugal...
24 de abril de 2008
Tribunal da Feira.
Para um edifício com 15 anos de existência, o mínimo que se pode fazer é estranhar tal situação.
A construção - para quem conhece - era um "mamarracho". Mas isso, por si só, não justifica o risco de desabamento.
O interior já era reduzido, quando foi inaugurado. As condições de trabalho sempre foram insuficientes.
Agora, o Estado vai ter de construir um edifício novo, para substituir este atentado aos princípios do bom senso...
Infelizmente, em termos de condições de trabalho nos Tribunais, não é caso único.
Mas, como se trata da "Feira", estou em crer que, provavelmente, aquilo não passava de uma tenda desmontável.
E daí a sua precariedade...
15 de abril de 2008
Regresso...
Contudo, um pouco mais lavado de alma e coração (as lágrimas lavam mesmo a alma...), aqui deixo a minha mais recente perplexidade:
Já havia cervejas sem álcool, cervejas com álcool, águas com sabores, iogurtes de pimenta e coisas assim estranhas...
Mas agora, uma conhecida marca de leveduras fermentadas resolveu lançar a cerveja sem álcool com sabor a limão!
Mas que coisa mais estranha... Se eu quiser beber uma cerveja - mesmo sem álcool - bebo uma cerveja.
Agora... se quiser beber algo com sabor a limão, para que raio é necessária a cerveja (e sem álcool!)?
Não seria melhor beber logo uma limonada????
1 de março de 2008
Sempre Eça...
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!
"As Farpas", 1871.
19 de fevereiro de 2008
Igreja dos Saldos dos Últimos Dias...
Começou a peregrinação à Igreja dos Saldos dos Últimos Dias!
Como sempre, as "rebaixas" são uma constante e as ofertas miraculosas abundam... sempre acolitadas pelas sacerdotizas dos centros comerciais onde tais celebrações se realizam...
Afinal, só aqui as pessoas esperam 5 meses para comprar roupa fora de moda, que eventualmente irão usar... na próxima estação.
Mas, francamente, não vale a pena esperar, só para poder vestir um Hugo Boss, um Timberland, um Mango, um Versace?
11 de fevereiro de 2008
9 de fevereiro de 2008
6 de fevereiro de 2008
Um artigo oportuno.
Há defeitos? - Pois sim, há; mas em que sector os não há?
Há bons e menos bons profissionais? - Também; mas em que sector os não há?
Por tudo isso, será fundamental ler este artigo, escrito pelo deputado Prof. Paulo Rangel, pessoa insuspeita e conhecedora do que escreve. É longo, mas merece a nossa atenção. Desde logo, por ser uma "pedrada no charco"; também, pela sua actualidade.
Para que não se diga que só os próprios magistrados defendem estas ideias...
Quando os cidadãos descobrirem finalmente que a Independência dos juízes e dos tribunais não é um privilégio destes, mas uma garantia deles próprios e do Estado de Direito, poderá ser tarde...
3 de fevereiro de 2008
Nevão na Serra da Estrela.
Numa delas - que vem descrita neste artigo do Público Última Hora (e aqui) - esteve a minha filha: ela era uma das pessoas, cujo jipe não pegou...
Foi um grande susto, mas a situação ficou, para já, resolvida, estando o grupo agora no Sabugueiro, a aguardar por melhor tempo.
E o jipe vai ter de passar a noite na Torre...
Nota: tudo terminou em bem!
1 de fevereiro de 2008
Teste interessante.
Faça a experiência, clicando sobre a imagem, para a mesma abrir no browser.
Com algum esforço e alguma concentração, é possível ver a alteração da rotação: tente fazer mentalmente uma conta complicada, sem olhar para a imagem; depois olhe. Em seguida, cante; depois olhe; não mudou o sentido de rotação?
30 de janeiro de 2008
Gnoseologia...
C.N.
(...só posso concordar!...).
26 de janeiro de 2008
Porquê este blog?
Usando aqui uma mensagem publicada no blog do meu amigo João M., este blog também não pretende nada, para além de ser um passatempo no qual vou escrevendo coisas que me dão gosto, publicando fotografias, ou citando artigos que me dizem algo, sérios ou menos sérios, importantes ou banais.
Não é, pois, um blog pretensioso e com ele não quero provar nada, nem deixar qualquer marca.
Dá-me gosto escrever, sem receios de me expor e pronto!
Aliás, é essa a demanda de alguém que o faz também - e com humor: o dr. J. Machado Vaz.
Se me apetece escrever, por que razão não o hei-de fazer?
Só me resta esperar que os meus (eventuais) leitores o leiam, respeitem e aceitem, nesta perspectiva.
23 de janeiro de 2008
22 de janeiro de 2008
Género ou raça?
Pela primeira vez na história do país, dois dos candidatos trazem algo de diferente (não apenas no plano político) e logo ambos pelo partido Democrata: uma é mulher; outro é negro (afro-americano, em linguagem politicamente correcta).
Enquanto na Europa nada disso seria relevante, num país de paradoxos, como o são os Estados Unidos, não é coisa de somenos importância!
E a escolha - quer agora, nas ditas primárias, quer depois, na eleição final - surge, para alguns grupos, perturbadora e complicada; tanto mais que aquele país nunca conseguiu ultrapassar e apagar as estratificações sociais, muito menos as diferenças étnicas (que se mantêm bem definidas).
Prova disso é este artigo publicado na CNN, que mostra até que ponto estas clivagens são marcantes e - agora - decisivas na vida, na política e na sociedade americanas.
Se perceber inglês, não deixe de ler...
Ensina muito sobre o que não deve ser uma sociedade evoluída...
Conversa surrealista a três...
-Como o meu amigo deve saber, os cogumelos selvagens têm um sentido do ritmo só igualado no mundo vegetal pelas couves de bruxelas e no animal pelos ornitorrincos. Quanto aos tamboris, o facto de serem excelentes intérpretes de banjo já devia satisfazê-lo.
-Deixe-me discordar da sua opinião! É do foro público que os tamboris tocam castanholas, mas às escondidas, em noites sem luar, debaixo dos lepidogasters. Aliás, sabe-se que foi o grande mestre alemão Otto-Clavenn, exímio na execução das fugas de Bach em clavas, quem ministrou as aulas de castanholas aos tamboris. A verdade acima de tudo!
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