13 de dezembro de 2011

Natal.

...Estou a pensar que sinto que venho de longe, de outros tempos, de outros sonhos e de toda candura do Natal, do menino Jesus no presépio feito pela mãe e por nós,com muito musgo e pequenas e coloridas figuras de barro, que até davam a ideia que tinham vida e se movimentavam da noite para o dia.
Sou do tempo dos reis magos que andavam pelo presépio até chegar no seu dia junto da adorada figura.
Sou do tempo de toda a inocência do mundo, da ilimitada e eterna inocência que nos ocupava os sonhos das noites e dos dias de Inverno.
Sou do tempo do calor da madeira a arder na lareira.
Sou do tempo do menino Jesus e do sapatinho com prendas à sua medida.
Sou do tempo da alegria celebrada com a rabanada e o bilharaco numa mão e na outra a prenda do menino Jesus.
Sou do tempo do Natal.

2 comentários:

redonda disse...

Muito bonito este texto e fez-me pensar no que é mesmo o Natal.
um beijinho
Gábi

joao de miranda m. disse...

De facto, um texto de elevada qualidade que nos remete para esse miltoniano "Paradise Lost". Há quanto tempo será que o perdemos?