É preciso reformar o Estado, é urgente reformar o serviço nacional de saúde, é importante reformar a Justiça, é prioritário reformar o sistema educativo, é premente reformar a segurança social, é necessário reformar, reformar...
Isto é: nada do que existe está bem e tudo precisa de ser permanentemente reformado, como se vivêssemos numa casa velha a precisar sempre de obras estruturais - porque as conjunturais não servem...
E essa imagem repetida e batida, curiosamente, colhe votos!
Tantos, que nenhum político se atreve a esquecer de dizer a frase mágica.
Uma reforma, seja do que for, exige naturalmente que se conclua que algo precisa de ser mudado substancialmente.
Mas o que temos visto é exactamente o contrário: a dita febre leva a que se reforme tudo, mesmo o que está bem (ou pelo menos, menos mal...) e com grandes custos.
E depois, temos os resultados que se sabem: na próxima legislatura, lá virão outros políticos - ou os mesmos, tanto faz - que se propõem reformar a anterior reforma, que por sua vez era o resultado de uma reforma anterior... and so on!
Penso que seria muito mais correcto fazer correcções do que está mal, sem ser necessário mudar as coisas (ou dizer que se vão mudar).
Ou então, importaria mudar tudo, mas de raiz...
E afinal - usando aqui uma frase feliz de um amigo - a única reforma que o Estado deveria fazer... seria a minha!
Isto é: nada do que existe está bem e tudo precisa de ser permanentemente reformado, como se vivêssemos numa casa velha a precisar sempre de obras estruturais - porque as conjunturais não servem...
E essa imagem repetida e batida, curiosamente, colhe votos!
Tantos, que nenhum político se atreve a esquecer de dizer a frase mágica.
Uma reforma, seja do que for, exige naturalmente que se conclua que algo precisa de ser mudado substancialmente.
Mas o que temos visto é exactamente o contrário: a dita febre leva a que se reforme tudo, mesmo o que está bem (ou pelo menos, menos mal...) e com grandes custos.
E depois, temos os resultados que se sabem: na próxima legislatura, lá virão outros políticos - ou os mesmos, tanto faz - que se propõem reformar a anterior reforma, que por sua vez era o resultado de uma reforma anterior... and so on!
Penso que seria muito mais correcto fazer correcções do que está mal, sem ser necessário mudar as coisas (ou dizer que se vão mudar).
Ou então, importaria mudar tudo, mas de raiz...
E afinal - usando aqui uma frase feliz de um amigo - a única reforma que o Estado deveria fazer... seria a minha!
19 comentários:
Vim conhecer teu blog,
gostei.
beijos
Apenas uma adenda ao seu texto, Tony. Assim, como consequência do espírito fortemente reformista do Governo,começa a gerar-se, na sociedade portuguesa, um mal estar difuso que vai minando a confiança essencial à coesão nacional, pilar fundamental num Estado de Direito Democrático, e que poderá levar a uma crise social de contornos difíceis de prever.
"Quod nimium est laedit"
Beijinho
Kikas
É verdade, Kikas.
De facto, em vez de se pensar que "Quod abundat, non nocet", prefiro admitir que tem razão.
A crise está aí e parece que não será só cá, infelizmente (porque se vai repercutir aqui também).
Veremos o que isto vai dar, desde o preço do petróleo, ao preço dos cereais, às dificuldades da famílias.
Valha-nos - oxalá! - o futebol...
Beijinho.
Quanto à sua reforma, amigo, calma, que o "povo" ainda precisa, e muito, da sua sapiência. Se os bons se reformam todos agora, com quem contamos nós, os novatos, para nos guiar?
Das outras reformas, pior que estar sempre a reformar só por reformar é nem sequer os senhores - decisão permitirem saber qual o resultado das anteriores antes de as reformarem.
Pergunto eu, como pode alguém partir logo para uma reforma sem se ter apercebido do alcance, virtudes e defeitos da anterior formulação?
Mas num país em que se investem milhões de euros numa linha de combóio Porto-Lisboa que apenas poupa cerca de 30 min em tal trajecto ao serviço já existente mas com um preço que ascende ao dobro, e os portugueses ainda aplaudem, deixe que lhe diga que (por esta e muitas outras, que levaria o dia a citar)afinal, os portugueses têm o que merecem.
Beijinhos
também me canditado que o estado me faço uma reforma... de preferência daquelas que têm muitas derrapagens orçamentais.
abraço
luísa
Olá amigo, vim espreitar a ver se já havia notícias do bolo-rei, do nosso, daqueles com brinde, fava (ainda que com o risco de morrermos todos asfixiados com os referidos entalados na goela, que deve ser uma situação vulgaríssima atendendo à proibição) mas encontrei este texto interessantíssimo sobre o amontoado de reformas a que estamos continuamente a ser sujeitos e que nos coloca constantemente em novas linhas de partida.
Mas além da desmotivação, da desilusão... e os custos de tudo isto?
É que não se vê ponta por onde se pegue!
Beijinhos
Eu tinha um primo no Chile que dizia : "Na política, é preciso mudar para que tudo fique na mesma."
Olá, Bandys:
Obrigado pela visita e pelo comentário!
Também já fui visitar o seu Blog e deixei a minha impressão digital.
Beijinho.
Luísa:
Como tem razão!
Aliás, era a uma dessas reformas a que eu me candidatava já, já. Mas, infelizmente, não sou banqueiro, nem político, nem ex-político colocado numa empresa ex-estatal...
E assim terei de esperar pelo fim dos anos de serviço, para ser contemplado, quiçá, com os restos que sobrarem da Segurança Social!
Um abraço grato.
Boa tarde, Ana Ramon.
O bolo rei está em vias de ser celebrado, mesmo fora de época, uma vez encontrados o tempo e a disponibilidade necessárias à sua confecção...
No mais, estou consigo: tudo o que se faz é "para inglês ver" e a desmotivação, a sensação de frustração imperam. Para não falar, naturalmente - e como diz muito bem - nos custos de cada "reforma".
O que me leva a concordar com o amigo Cigano: é preciso mudar alguma coisa, para tudo ficar como está.
Pobre País adiado...
Tony,
Que bom que gostou da minha poesia.
......@.............@ O AMOR e a AMIZADE são como uma
......@.@.@.@..@.. Plantinha que precisa ser
....@........@..........@ regada todo dia.
...@............@....@@ Com muito carinho,
...@..............@@..@ muita atenção e
....@..............@...@ muito amor.
.........@......@..@ e muita compreensão
..............@..@ Que o jardim da nossa
..................@ amizade permaneça
....................@ sempre cheio de
.....................@ flores!!
......................@
......@@@@..@....@..........@
...@.............@@@......@@
.......@@@.......@..@@
.........................@ tudo de bom
.......................@ para você.
Beijos
Desculpe, mas ando meio alienada, pois estou doente. Sou sua fã. Portanto, visite a doentinha. no filme que analisei só toca música clássica. Postei sobre Excalibur. Vá ao meu blog. wwwrenatacordeiro. blogspot.com/
não há ponto depois de www
Bj,
RENATA MARIA PARREIRA CORDEIRO
pois... esta sua frase está demais! "lá virão outros políticos - ou os mesmos, tanto faz", vulgo, mudam-se as moscas!
as reformas e as propostas de reforma andam em círculos...
um sorriso :)
Olá, MariaM!
...E às vezes, nem as moscas mudam, como se prevê em breve...
Um abraço sorridente e grato pela sua visita!
Tony.
Ei, desculpe a impertinência, mas porque se dirigiu à Luisa quando fui EU que falei na reforma?
Ai, prontos que o homem tá atingir aquele estádio de senilidade que já confunde os nomes e tudo.
Pronto para a reforma não está mas daí já se vê que já preenche o requisito base para nova ascensão na carreira (eheheh, perdoe-me a brincadeira)
Beijinhos
Ai, eu é que estou senil. Pronto, desculpe lá. Agora ao ler melhor os comentários (incluindo o da Luisa) também já percebi a sua resposta. Ups. Venha antes a promoção para mim
Ai, eu é que estou senil. Pronto, desculpe lá. Agora ao ler melhor os comentários (incluindo o da Luisa) também já percebi a sua resposta. Ups. Venha antes a promoção para mim
Olhe, vê, outro sinal do meu estado débil. Agora até já duplico os comentários. Ok, alguém tem o contacto de uma clinica de repouso?
Olá, Sandra!
Eu é que peço desculpas por não ter comentado o seu comentário.
Mas como leu de seguida, as respostas estão nos outros comentários dos meus Amigos.
Faça-me um favor: continue a visitar-me!
Beijinho.
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