14 de janeiro de 2008

Um pouco de ironia...

Levantam-se as populações, por esse País fora, contra o encerramento das urgências de alguns hospitais e centros de saúde, porque - alegam na sua ingenuidade - agora vão ter de se deslocar vários quilómetros, em situações de urgência médica!
E atacam o governo e o senhor ministro da saúde, por lhe retirarem um bem tão precioso (na sua perspectiva...).
Pois eu cá estou de acordo com tais encerramentos!
Então não notam essas populações que os referidos encerramentos são no seu interesse? Lá o diz o senhor ministro e quando um ministro fala, a gente ouve e acata, pois claro!
Já viram o despesão que é manter uma urgência aberta, com médicos, enfermeiros, auxiliares, meios de diagnóstico e quejandos?
Já viram que uma vida humana não vale tais sacrifícios, nem compensa tais despesas?...
Assim, este nosso governo, tão cioso do déficit que quer mostrar à Europa (composta de Países onde não há urgências!) poupa uns tostões, que tanta falta fazem para a construção do novo aeroporto, do novo TGV e da nova ponte, coisas bem mais urgentes que as urgências... (como já faziam falta na construção dos 9 estádios novinhos do Euro!)!!!
Valha-lhes Hipócrates (às populações).
Não tarda nada, até acredito que vai ser distribuído a cada médico um burrico ou mesmo uma pileca velha, para assim poderem assistir os doentes nas suas casas, quais João Semana do Século XXI...
Sempre ficam mais baratos e acabam por compensar os encerramentos dos serviços, com menos gastos, menos poluição e atendimentos personalizados e de proximidade!
Benditas decisões dos nossos governantes...

3 comentários:

O Cigano disse...

Os nossos novos acampamentos nestas urgências centrais podem ser bons ou maus.
Bons por implicarem um maior convívio de clãs de diferentes zonas.
Maus por potenciarem uma incompatibilidade de cheiros ou se por lá aparecer o clã rival ou ofendido.
Melhor seria fazerem como estão a pensar para a Justiça, uns balcões, com um enfermeiro, que faria a triagem ou 1ª inalação.

joao de miranda m. disse...

Palavras para quê? É um texto extraordinariamente bem arquitectado. Essa de ser tudo mais urgente que as urgências é genial.

joao de miranda m. disse...

já aí estão os joões semanas, de novo. Com ou sem pilecas...