22 de janeiro de 2008

Género ou raça?

Os Estados Unidos nunca pararão de nos surpreender e nem sempre por boas razões! Terra de contrastes, estão agora lá em curso, como se sabe, as "primárias", para a futura eleição do presidente americano (é desta que eles se livram, de vez, do Bush...).
Para quem não está muito familiarizado com isso, trata-se de eleições parcelares, por partido e por estado, destinadas à escolha dos delegados que, em congresso partidário final, irão votar e nomear os candidatos de cada um dos partidos, à eleição presidencial (enfim, lá democrata é o sistema!).

Pela primeira vez na história do país, dois dos candidatos trazem algo de diferente (não apenas no plano político) e logo ambos pelo partido Democrata: uma é mulher; outro é negro (afro-americano, em linguagem politicamente correcta).
Enquanto na Europa nada disso seria relevante, num país de paradoxos, como o são os Estados Unidos, não é coisa de somenos importância!
E a escolha - quer agora, nas ditas primárias, quer depois, na eleição final - surge, para alguns grupos, perturbadora e complicada; tanto mais que aquele país nunca conseguiu ultrapassar e apagar as estratificações sociais, muito menos as diferenças étnicas (que se mantêm bem definidas).
Prova disso é este artigo publicado na CNN, que mostra até que ponto estas clivagens são marcantes e - agora - decisivas na vida, na política e na sociedade americanas.

Se perceber inglês, não deixe de ler...
Ensina muito sobre o que não deve ser uma sociedade evoluída...

5 comentários:

O Cigano disse...

Não fosse eu cigano, afro-europeu (na minha faceta "zé kalanga"), afro ou asiático, até poderia dizer que a Europa é diferente dos US and A.
Se me candidatasse, nesta Europa,que discussão haveria?
E se eu deixasse a minha mulher cigana candidatar-se?
Os americanos são espertos : o preto é homem e a mulher é branca.
Pronto, acho que o meu primo Lello teria mais hipóteses, não é à toa que a livraria dele ficou em 3º lugar.

joao de miranda m. disse...

Gostei e ler isto. É um texto didáctico, sem o parecer...
Um óptimo texto.

effetus disse...

Obrigado, amigão. Às vezes, sai bem...

A. Beça Pereira disse...

Eu voto no primo Lello.

effetus disse...

Oh Monteiro: e quando é que me brindas com um comentário mais sério?