Amor, paixão e amizade.

Parece que arrancam o sol deste mundo aqueles que afastam a amizade e os amigos das suas vidas (Cícero).
Muitas vezes, confunde-se e mistura-se amizade, com amor e com paixão (afinal, somos humanos...).

O difícil é, no momento certo, saber distinguir e separar uns dos outros, sem criar mal-entendidos, sem ferir, sem magoar e sem destruir.
Errado é a negação do óbvio, a falta de nobreza quando se sente algo tão forte como qualquer desses sentimentos.

Por outro lado, quando se oferece amizade, olvidando, ultrapassando e prescindindo do amor e da paixão, está-se necessariamente a dar um profundo bocado de nós.

É esse o caminho certo e só não o vê quem não quer, ou quem está de tal modo perturbado, que se esquece de perceber a diferença e a dádiva que tal oferta representa!
E pior que tudo é a raiva que resulta da incompreensão e da intolerância, do silêncio e da soberba!

Pudéssemos nós regressar atrás no tempo e evitar frases duras, recriminações, insultos e mal-entendidos...

Pudéssemos nós perdoar e ser perdoados, esquecer e não ser esquecidos!

Afinal - escreveu Chateaubrian - só nos apercebemos do valor dos nossos amigos, no momento em que surge a ameaça de os perder...

Tony.